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Desrespeito por escolher ser diferente


Outro dia saímos para jantar minhas amigas e eu. Como este estilo de vida ainda está sendo novo para nossos amigos e até para nós, achar um restaurante onde possamos compartilhar as vontades de todos, tornou-se um desafio.


Alguns até não se importam em “experimentar” da nossa comida, que nada mais é o que “eles” comem de acompanhamento normalmente, só que melhorado, feito com amor e servido como prato principal e com mais destaque.


Enfim, sobre esse tema falo outro dia, agora vamos ao assunto que realmente queria falar. Escolhemos um restaurante onde uma das gurias é praticamente da casa nesse lugar, eu não conhecia, mas confesso que sempre tive curiosidade de conhecer e a outra amiga não se importava muito com o que fossemos optar, já que estava à dieta (rs).


Entramos no restaurante, escolhemos um lugar discreto onde poderíamos conversar à vontade e matar o tempo que tinha passado sem nos ver. Ajeitamo-nos na mesa e a garçonete se aproximou entregando-nos o cardápio. No caminho já tínhamos discutindo sobre explicar ao restaurante a situação que era a de eu não comer carne, já que a melhor opção, pelo que a minha amiga falou, era o prato que vinha uma massa com o filé, pensamos em falar que eu comeria a massa da minha amiga e ela preferia o meu filé.


Minha amiga então explicou para a garçonete que eu não comia carne, logo após ela ter falado, a garçonete veio com a frase pra mim:- “meus pêsames”. Na mesma hora eu olhei para ela e ela sequer me olhou. Milhares de coisas passaram na minha cabeça que tive vontade de falar e consegui bloquear-me por um momento para escolher a frase “mais adequada” para utilizar com este tipo de pessoa, que ao mesmo tempo poderia fazê-la entender que ela tinha sido desrespeitosa comigo. Apenas respirei fundo e decidi ignorar, pois não queria que ficasse chato para minha amiga que era cliente da casa.


Não bastasse isso, lá veio ela perguntar para a minha outra amiga se ela estava comendo apenas “proteína” (já que tínhamos comentado que ela preferia ficar com o pedaço de carne), e nisso, ela comentou que também comia apenas “proteína” e que era Paleo... Afff, só o que faltava (¬¬). Daí as gurias não sabiam o que era isso e lá vinha ela explicar o que era a bendita dieta Paleo, que NA VERDADE, não tratava-se de uma “dieta” e sim um estilo de vida. Era incrível ver ela comentando o seu “estilo de vida”, o orgulho que tinha de falar que o valor das frutas em sua dieta estava em último lugar em sua pirâmide (no caso da dieta Paleo a pirâmide é invertida) e praticamente abastecia-se de gordura (ela mencionou do uso de muito azeite de oliva em tudo e muito ovo frito) e carne. Nossa! Segurei-me para não opinar ao respeito.


Mas em fim... no dia seguinte fiquei pensando bastante nisso e achei que tal vez tivesse sido melhor eu ter colocado para ela sobre o quão desrespeitoso foi o comentário do “meus pêsames” para mim, coisa que não fui (desrespeitosa) quando ela veio à tona com a sua dieta Paleo e explicar detalhes na mesa onde encontrava-se uma pessoa que não comia carne.


“Meus pêsames”, ainda fica batendo na minha cabeça e provoca uma certa revolta.


Meus pêsames?


Mas se não sou eu quem mata um animal para comer.


Hein? Não é tu que mata?


Ahhh, OKAY! Então mais hipócrita ainda. Tu não mata e não quer “fazer parte” deste processo (onde querendo ou não tu faz parte sim, pois consumir o produto “final” faz parte de fazer parte. Onde os animais são trazidos à vida já com destino certo e sabendo como terminarão, se não terminam antes do tempo. Sendo selecionados para corte, leite, procriar, não serve, etc. Onde os filhotes são separados antes de desmamares de suas mães, pois os animais seres humanos precisam consumir o leite, que na verdade pertencia ao seu filhote. Onde as galinhas são criadas em cubículos de jaulas extremamente pequenos onde mal conseguem se movimentar e são alimentados até chegarem a hora de serem mandados para extermínio ou criam-se para reproduzir milhões de ovos para abastecer a demanda humana. Onde os porcos, os mais sensíveis e que sentem quando vão morrer, são matados um a um e um do lado do outro, para fabricarem esse bacon tão bom e gorduroso que entope as artérias ou mesmo a carne e outras partes que são “aproveitadas”.


Meus pêsames? Meus pêsames digo eu, pois não sou quem têm um animal em estado de putrefacção dentro do meu organismo, onde dependendo do animal poderia demorar até 4 dias para eliminar seus dejetos.


Assim, posso me estender por muito mais em dar exemplos da desumanidade atrás das fatias de carnes embaladas que vendem-se nos supermercados. E te pergunto de novo, meus pêsames? Meus pêsames para você.


Abç, ch.

 o EU VEGANO: 

 

Criado para compartilhar dicas, conselhos, receitas e qualquer tipo de informação sobre a transição de pessoas definidas como "normais" para uma vida "estranha" (?!). Está correta essa definição? Pois é, quem não consume carne, queijos, ovos ou algum outro tipo de alimento que seja derivado de animais é visto como um "bicho estranho", pelos normais (?!). Aqui relatamos nossa experiência. Compartilhe conosco a sua historia também.

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